terça-feira, 7 de maio de 2013

É nisto que acredito....


Sou agnóstica.

Tive uma educação católica e cristã, mas aos 13 anos comecei a colocar em dúvida algumas da coisas que nos eram ensinadas, atendendo a que as minhas materias preferidas eram matematica, química, ciências e física também (na realidade apenas gostava menos de historia e geografia :) ). Não pretendo aqui abrir uma discussão a esse respeito mas esta introdução parece-me importante para o que se segue.
 
Do que antes disse resultaram 2 coisas: tornar-me agnóstica, algo que só percebi claramente muitos anos mais tarde e a minha fé ser nas pessoas, ou seja, nas relações que tinha com as pessoas. Era nelas que me apoiava. Nalgumas amigas, na minha irmã (os meus irmaos eram muito mais novos) e no facto de adorar o meu Pai.
 
Apesar da educação de "menina bem" que tive a minha prioridade na escolha das amizades era o carater das pessoas, a sua inteligencia :) e, enfim, a empatia que sentia por elas.
 
Como sou muito extrovertida, gosto de ajudar os outros, gosto de conversar, participar em varias coisas, fui algumas vezes, percebo isso agora, confundindo amigos com conhecidos com quem me dava muito bem.
 
Cada vez que havia uma mudança de escola, porque tinha de mudar de ciclo, ou quando fui para a faculdade era inevitável que apenas me continuasse a dar com as pessoas mais proximas, de que mais gostava ou aquelas com quem mais se proporcionasse o contacto. Penso que acontece com a maioria das pessoas.
 
Com as mudanças de locais de trabalho o mesmo aconteceu. Sendo funcionária pública, por enquanto, tenho um percurso muito pouco ortodoxo, e já passei por varias instituições,com diferentes cargos, sempre por opção minha e por ter "uma estrelinha" que sempre me ajudou a conseguir o que queria. Isto leva-nos a uma outra conversa, que ficará para depois, sobre "intuição", sorte e também muito empenho e trabalho realizado com gosto e afinco.
 
Apesar de tudo, fui mantendo ao longo dos anos algumas pessoas "em permanencia"... uma daqui, outra dali.....
 
Neste momento, de pouco mais de quatro decadas de vida apenas tenho amigos de verdade e que adoro que posso contar pelos dedos das maos; é certo que sei que outras pessoas, como pessoas com quem trabalhei e trabalho prontamente me ajudariam no que precisasse, e gosto muito de todas essas, as amizades, aqueles que gosto de coração, sem qualquer duvida e que sei que dificilmente agora sairão da minha vida. Nao terão, nem eu muito menos, qualquer atitude para que isso aconteça.
 
Porque ter fé nas pessoas implica ser exigente na minha relação com elas de parte a parte; sou assim....dou tudo o que tenho e também gosto, dado ser possessiva, impulsiva e ciumenta, que me tratem como se fosse algo especial. Mas estou melhor no grau da exigencia :) na realidade agora ou as coisas fluiem normalmente ou entao acaba por nao se tornar uma amizade sólida.
 
 
 
Tive naturalmente vários dissabores a longo da vida por ser assim.... mas nao me arrependo.... e alguns que foram mesmo dos maiores choques da minha vida, vindos de pessoas totalmente insuspeitas para mim!
 
Mas tornei-me mais atenta, mais "elitista" no bom sentido, menos ingénua... e agora, ou desde há uns 2 anos, sem mais, a minha intuição despertou; aquela que há 4 anos alguem me disse que eu tinha imenso e que eu respondi que era a mulher menos intuitiva do mundo e sem sexto sentido nenhum!!!!!!!
 
Continuo a ter fé nestas pessoas especiais que fazem parte do meu mundo pessoal restricto, amigos e família, mas acredito piamente desde há já varios anos, e porque para isso tive de ter algumas provas (não se tratam de milagres nem nada disso), que existe algo superior, um ente superior, uma força/energia superior que nos rodeia, acompanha e nos dá de de volta aquilo que damos na vida em qualquer sentido.
 
 
 
 
É nisto que acredito.
 
 

Stars - Simply Red
http://www.youtube.com/watch?v=b6qlENDykYY

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